terça-feira, 25 de novembro de 2008

História ATLETICO PR



No ano de 1912, em 22 de maio, Joaquim Américo Guimarães, neto do Visconde de Nacar, um grande desportista, reuniu um grupo de amigos e resolveu fundar um clube de futebol. Deram o nome de International Foot-Ball Club, o que teria as cores preta e branca no seu uniforme. Dentre os fundadores destacavam-se Agostinho Ermelino de Leão Junior, Hugo Mader, Nestor Arouca, Ernest Siegel e Ernesto Dobler, membros da primeira diretoria eleita. Para capitão da equipe foi aclamado Edgard Torres e para 2º capitão Luiz de Paiva. Logo a agremiação conseguiu muitos associados. Aos domingos, num terreno alugado ( pertencia à família Hauer), na baixada da Água Verde, os jovens faziam torneios, reunindo até 9 equipes. Assim o futebol cresceu dentro do International. Uma dessas equipes, em 24 de maio de 1914, resolveu também se tornar independente. Tendo como presidente o Cap. Augusto do Rego Barros, surgia o América Futebol Clube, utilizando as cores vermelha e branca no uniforme.Em 21 de março de 1924, os diretores do International e do América reuniram-se para discutir uma fusão dos dois clubes, assunto que vinha sendo comentado há mais de um ano. Depois de muita conversa, resolveram se unir e, assim, surgiu o CLUBE ATLÉTICO PARANAENSE.

O Primeiro Jogo

A primeira partida de futebol (amistosa) que a nova agremiação realizou foi no dia 06 de Abril de 1924, contra o Universal FC. e obteve vitória por 4x2. O Atlético jogou com Tapyr, Marrecão e Ferrário; Franico, Lourival e Malello; Smythe, Ari, Marreco, Maneco e Motta. Os gols foram marcados por Marreco, Ari (2) e Malello. O árbitro foi José Falcine, atleta do Savóia, que mais tarde jogou no rubro-negro.

Década de 20

Com a união de forças, o Clube Atlético Paranaense ficou uma equipe reforçada e pôde fazer frente aos mais temíveis esquadrões existentes como o Britânia, o Savóia, o Palestra Itália e o Coritiba. Realizando uma Campanha brilhante, Atlético conquistava seu primeiro título de campeão paranaense em 1925. Após ser vice-campeão por 3 anos seguidos (1926, 1927 e 1928), o Atlético voltou a vestir a faixa de campeão em 1929.

Década de 30

O Atlético era a melhor equipe do futebol paranaense no início dos anos 30. Mantendo os mesmos jogadores que haviam se sagrado campeões em 1929, os reforços de Chumbinho e Érico, o Atlético tornou-se uma equipe que se impôs aos adversários. Em 1930, ganhou o título com uma espetacular vitória sobre o Coritiba por 3x2. Outro feito notável nesse ano, aconteceu no dia 21 de julho, quando em partida amistosa venceu o poderoso Corinthians por 1x0, gol de Marreco, uma grande conquista para o Atlético. Em 1934, o Atlético já era proprietário ,em definitivo, do terreno da Baixada da Água Verde, eo estádio passou a ser deniminado de Joaquim Américo Guimarães, sugestão de Alcídio Abreu, para homenagear o grande desportista que havia morrido em 1917. Nesse ano, após tropeçar em 1931, 1932 e 1933, o rubro-negro voltou a ter uma equipe competitiva e fez bonito, sagrou-se campeão paranaense de 1934. Na equipe campeã desse ano figurava como goleiro o jovem "Caju", que viria a ser o maior ídolo de todos os tempos da torcida atleticana. Em 1936, com apenas 12 anos de existência, o Atlético conquistava seu quinto título paranaense, e dessa vez, de forma invicta.

Década de 40 - Surgia o Furacão

O campeonato de 1940 foi muito disputado. Atlético e o Ferroviário lideraram o certame. O tricolor ferroviário conquistou o 1º turno, enquanto o Atlético laureou-se no segundo. Era preciso uma decisão em "melhor de três pontos" para se conhecer o campeão. Em virtude de uma confusão acontecida no último jogo do returno, estava empatado o clássico em 2x2, quando o ferroviário fez um gol, prontamente anulado pelo árbitro em razão de um impedimento. O Ferroviário não se conformou e abandonou o campo aos 35 minutos do 2º tempo. O Tribunal de Justiça da Federação Paranaense de Futebol, julgando o caso, deu vitória ao Atlético - 3x2 - pois o ferroviário se negara a continuar jogando. Este motivo anulou a "melhor de três". O ferroviário ficou 180 dias suspenso e o Atlético foi considerado campeão paranaense de 1940. Em 1943, o Atlético trouxe para o elenco o técnico e dois jogadores da seleção paraguaia. Com a equipe reforçada e com mais qualidade , o rubro-negro voltou a mandar no campeonato. Dois turnos bem disputados. Coritiba campeão do 1º turno e Atlético do 2º. De novo uma "melhor de três pontos" teria que acontecer, o Atlético venceu os dois Atletibas por 3x2 e a torcida festejou com muito entusiasmo o título de campeão com numa memorável festa em Curitiba. A rivalidade entre Atlético e Coritiba andava em alta. Por duas vezes nos anos 40 haviam decidido o título. Uma vitória para cada lado. Em 1945, o campeonato seria decidido no maior clássico do futebol paranaense. O Atlético foi campeão do 1º turno de forma invicta. O Coritiba foi o campeão do 2º turno. Seria realizada uma "melhor de três" para decidir o título. Foram partidas para entrarem na história do futebol paranaense. O Coritiba venceu a primeira por 2x1, no Belfort Duarte (Atual Couto Pereira. A segunda foi vencida pelo Atlético, na Baixada, por 5x4. A terceira partida foi marcada para o Estádio Belfort Duarte. Foi um jogo muito disputado. Terminou empatado no tempo normal - 1x1. O jogo foi para a prorrogação. Aos 7 minutos o atacante Xavier, do Atlético, fez o gol da vitória. Coritiba 1x2 Atlético. A torcida fez uma das maiores festas, com carreatas, fogós de artifício e cânticos até o raiar do sol. Em 1949, o Atlético foi um "FURACÃO" que passou pelos campos do Paraná. Arrasou todos os adversários com placares acima de 4 gols. As manchetes dos jornais só flavam do "furacão" rubro-negro que liquidava as equipes adversárias sempre com goleadas, ganhou 11 partidas seguidas (recorde quebrado apenas 49 anos depois), e tornando-se campeão paranaense de 1949.

Era dos jejuns (1950-1981)

Depois de conquistar facilmente o campeonato paranaense de 1949, o Atlético-PR despencou terrivelmente, no início do ano 1950, que acabou apenas em 1982, período em que o torcedor atleticano quer esquecer.No total, O Atlético só conquistou 2 títulos nesse período: Paranaense de 1958 e de 1970. Mas o pior estava por vir, em 1967 a situação financeira do clube despencou, e com uma campanha de somente 3 vitórias 11 empates e 14 derrotas, o Atlético-PR foi rebaixado para a segunda divisão do paranaense de 1967. Quando surge Jofre Cabral e Silva que conseguiu tirar o time da segunda divisão e deu ânimo para os jogadores rubro-negros, que voltaram com tudo no paranaense de 1968. Mas ele acabou morrendo devido a um infarto, durante uma partida do clube Ele Falou a Famosa Frase antes de falecer "NUNCA DEIXEM O MEU ATLÉTICO MORRER". Com o moral baixo, o Atlético não conseguiu vencer o paranaense daquele ano. Em 1970, o Atlético contratou Djalma Santos, campeão mundial pelo Brasil em 1962 e conquistou o título de campeonato paranaense do mesmo ano, goleando o Seleto por 4x1 jogando fora de casa. Depois, o Atlético voltou a "pifar" novamente, sem conquistar um título até 1982, onde uma equipe com os jogadores Washington e Assis, até hoje ídolo da torcida atleticana. Assim, o rubro-negro paranaense nunca mais até hoje passou por outro desses jejuns.

Era da revolução (1995-tempos atuais)

Em 1995 depois de perder de 5 a 1 para seu rival (Coritiba), assumiu uma nova diretoria, onde lançaram o "Atlético Total" um novo projeto estratégico do clube e começou bem, o Atlético voltou à série A em 1996, ficando em 8° colocado. Em 1997 o antigo estádio Joaquim Américo foi derrubado para a construção do estádio considerado como o mais moderno da América Latina. Em 2004 foi firmada uma parceria com a empresa fabricante de aparelhos celulares coreana Kyocera, renomeando o estádio para Kyocera Arena. Em 2005, após 10 anos de contenda judicial, o Atlético firmou acordo assumindo definitivamente o direito de uso do terreno vizinho (que é sua propriedade desde os anos 90). O Atlético foi o primeiro clube paranaense a participar do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, atual Campeonato Brasileiro. Em 2001, o Atlético Paranaense vence seu primeiro Campeonato Brasileiro (final contra o São Caetano, onde ganhou por 4x2 e 1x0) e em 2004 foi vice, com o artilheiro Washington marcando um recorde histórico de 34 gols numa única edição do Campenato Brasileiro. Em 2001, o grande nome dos jogos foi o artilheiro Alex Mineiro. Recentemente, um episódio inusitado entrou para a história do futebol nacional. Classificado, à final da Libertadores de 2005, o clube não pôde fazer o 1º jogo da decisão em seu estádio, que mesmo sendo considerado como o mais moderno da América Latina, não possui a capacidade mínima de 40 mil lugares exigida pelo regulamento, problema este que será suprido após a finalização da Kyocera Arena. Assim, o Atlético precisou mandar a partida no Estádio Beira-Rio, pertencente ao Internacional de Porto Alegre, onde empatou por 1x1. Na segunda partida, no estádio do Morumbi, o Atlético não teve forças e sucumbiu ao time do São Paulo, diante de mais de 70 mil torcedores, pelo placar de 4x0, perdendo o título da Copa Libertadores. O Atlético Participou de três Copas Libertadores da América, em 2000, 2002 e 2005. O Atlético foi o primeiro time paranaense a passar para a fase final da competição. Na Copa Sul-Americana de 2006, o Atlético também fez uma boa campanha, passando pelo Paraná Clube, River Plate e Nacional do Uruguai, chegando à semifinal do torneio, onde foi eliminado pelo Pachuca. Em 2008, o Atlético quebrou o recorde de vitórias seguidas do "FURACÃO DE 49", ganhou 13 partidas seguidas, porém perdeu a final para o rival Coritiba.

Hino

Em 1968, a melodia do hino oficial do Atlético foi gravada pela Banda do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro. Em concurso realizado pela Rádio Record de São Paulo, foi cantando pelo conjunto “Titulares do Ritmo” e eleito na ocasião o hino de futebol mais bonito do Brasil.

Contato

  • Sede Administrativa: Rua Petit Carneiro, 57 - Água Verde - Curitiba - PR, CEP 80.240-050
  • Telefone: +55 (41) 2105-5600 / Fax: +55 (41) 2105-5637

Torcida

O Clube Atlético Paranaense possui a maior torcida do estado do Paraná, como aponta as últimas pesquisas de preferência. A pesquisa feita pela Paraná Pesquisas encomendada pelo jornal Gazeta do Povo em 2005 aponta o clube com 26,8% de preferência dos torcedores da capital, seguido de Coritiba,(19,6%) e Paraná Clube(10%). Já a pesquisa feita pelo Ibope em 2004 diz que existem em torno de 900 mil torcedores espalhados pelo Brasil, enquanto o Coritiba conta com 500 mil.

Estádio

Entrada principal do estádio.

Seu estádio é Joaquim Américo - Arena da baixada, popularmente conhecida pelos torcedores apenas como "Baixada", "Arena" ou "Caldeirão". O atual estádio é o terceiro a ser construído no mesmo lugar, que é a sede do clube desde sua inauguração em 1924, mas o primeiro estádio é ainda anterior. O "Caldeirão" original é de 1918, levantado em madeira pelo Internacional - um dos times fundadores do Atlético - e cuja fita de inauguração foi cortada por Santos Dumont, o pai da aviação, que alíás tinha carteira de torcedor atleticano. A versão atual do estádio ficou pronta em 1999, e é considerada por muitos o estádio mais moderno do país e da América Latina, o único integralmente em acordo com as normas da FIFA.

O Atletiba

A história do Atlético é marcada por uma grande rivalidade histórica com Coritiba. A diferença entre os dois times começa nos símbolos. Os coxas escolheram a figura de um vovô germânico bem loiro aparentando uns 70 anos que é retratado usando calção tirolês. A torcida do Atlético se imagina e se define através de um cartolinha. Já as duas torcidas Império Alviverde (Coritiba) e Os Fanáticos (Atlético) se veem como apaixonados.

O jogo entre os dois tem uma história riquíssima que vem desde a década de vinte, sendo conhecido como Atletiba já nos anos 30. É uma história com diversos altos e baixos para cada lado, mas com um estranho e constante equilibrio. O Atlético teve uma sensível ascensão nos últimos anos, entretanto tal fenômeno não alterou as estatísticas do confronto, ainda favoráveis ao Coritiba.

Os números do confronto são os seguintes:

  • Jogos: 327
  • Vitórias Atlético/PR: 103 (452 gols)
  • Empates: 98
  • Vitórias Coritiba: 126 (499 gols)

O clássico Atletiba continua a ser um evento de grande importância na cidade e destaca-se como uns dos principais clássicos nacionais. A volta do Coritiba á Série A depois dois anos na segunda divisão também significa a volta de dois atletibas no Brasileirão

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